Publicidade
Homenagem
Itapagé 80 anos : Uma história construída por muitas mãos
Genuíno Antônio Cerutti é um dos mais antigos ex-presidentes do clube, e conta um pouco da sua trajetória no “Vermelhão da Colina”
Por: Witor Silva
Publicado em: terça, 24 de outubro de 2023 às 08:52h
Atualizado em: terça, 24 de outubro de 2023 às 09:02h

Fundado em 20 de novembro de 1943, o Esporte Clube Itapagé, de Frederico Westphalen, está prestes a completar os seus 80 anos. São oito décadas que se entrelaçam com a história regional, pois não tem quem fale ou escute falar do Itapagé, sem lembrar dos feitos no meio futebolístico, resgatando todo o legado que o clube, de uma história construída por muitas mãos. 
Como forma de celebrar essas oito décadas, iniciamos hoje uma série de quatro reportagens para relembrar todos os feitos do clube, que se tornou um patrimônio da comunidade de Frederico Westphalen. 

Publicidade

Um orgulho para a cidade
Genuíno Antônio Cerutti, hoje com 86 anos, é um dos mais antigos ex-presidentes do Itapagé, e exerceu o cargo em 1971. Sócio remido do clube, já atuou como vice-presidente, tesoureiro, secretário, além de ser presidente do Conselho Deliberativo, e começou a participar do clube com seus 21 anos, em 1958.
Ao falarmos sobre a presidência, ele nos conta que assumiu em um período conturbado, quando o clube se encontrava em difícil situação financeira após a profissionalização, em 1966. Alguns ex-atletas ingressaram contra o clube na justiça exigindo compensações financeiras, fazendo com que o futebol ficasse inativo de 1969 a 1970. Durante esse período, surgiu a ideia de fusão entre o Itapagé e a Sociedade Aquática Barrilense, que enfrentou resistência. “A fusão não foi adiante porque as mulheres não queriam dividir as piscinas com os jogadores do clube”, revelou.
Logo no início do seu mandato, Cerutti convidou Altair Pires para comandar a reorganização da equipe juvenil, que começou a enfrentar outros clubes da cidade. Em 28 de fevereiro de 1971, o Itapagé promoveu um torneio que contou com a presença de 40 equipes, que foi vencido pelo rival Ipiranga. Por meio dos recursos levantados pela competição, foi possível efetuar reformas nas instalações do estádio, na época, atrás da Catedral Santo Antônio. Essas reformas deram condições de o clube se reerguer e poder retomar às competições. 
Em outubro de 1971, Cerutti teve que se afastar da presidência devido a compromissos profissionais, mudando-se para Palmeira das Missões e deixando o cargo para Arlindo Bragante. Seu período à frente da presidência foi curto, mas deixou um grande legado na história do Esporte Clube Itapagé. Ele voltaria para Frederico Westphalen em 1973, e ajudaria a angariar fundos para a compra do terreno onde atualmente estão situados o ginásio e o Estádio Vermelhão da Colina, além de participar ativamente das negociações. 
A construção do complexo esportivo pode ser considerada o maior momento da história do Itapagé, algo que Cerutti concorda. “O maior marco da história do clube é a construção do Vermelhão da Colina e do ginásio, os dois são um orgulho para a cidade de Frederico Westphalen”, destaca.
Ao longo desses 80 anos do Esporte Clube Itapagé, muitas foram as mãos que contribuíram para o clube ser o que é hoje, o que está tudo relatado no livro “Driblando a Saudade”, do historiógrafo Wilson Ferigollo, que traz um grande arquivo dos clubes de futebol de Frederico Westphalen.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
Fotos
Vitrine do AU