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2 de novembro
Dia de Finados: permita-se a vivenciar o luto
Por: Susi Cristo
Publicado em: terça, 31 de outubro de 2023 às 10:55h
Atualizado em: terça, 31 de outubro de 2023 às 10:58h

Lidar com a perda de um ente querido não é tarefa fácil. Entretanto, o luto é um processo pelo qual – infelizmente – todas as pessoas deverão passar, a fim de amenizar o sofrimento gerado pela ausência do outro. O problema ocorre quando essa fase natural se torna mais difícil que o habitual, o que os especialistas chamam de “luto complicado”.
A data de 2 de novembro – Dia de Finados –, celebrada nesta quinta-feira, remete sempre à perda de pessoas ao longo da vida. Todo o processo de luto tem um começo, um meio e um fim. Diversas reações emocionais são despertadas com a morte de alguém, como tristeza, ansiedade, culpa e raiva. Isso é muito comum. A pessoa também pode, em um primeiro momento, querer se isolar do convívio social. Sentir, às vezes, algumas emoções, pode ser muito dolorido e faz com que haja sentimento de revolta, principalmente, quando não elaboramos as fases do luto. Parte das pessoas possui uma independência emocional e consegue superar mais rapidamente a perda de alguém. Outras, que têm esses laços emocionais rompidos, sofrem mais e por mais tempo.

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Etapas do luto
Negação: Nesta fase, existe uma dificuldade em aceitar a morte e uma fragilidade em pensar no futuro sem aquela pessoa. Quem está em luto nega, não aprova o fato da morte e muitas vezes se isola. Esta fase tende a ser passageira, logo vem um misto de emoções e passa para a próxima fase, que é a raiva.
Raiva: Emoção essa muito sentida depois de uma perda. A raiva pode ser uma das emoções mais confusas para a pessoa enlutada, sendo que é o ponto de muitos problemas emocionais. Quando existe a raiva há a sensação de injustiça, não existe conformismo, mas uma sensação de revolta, rebeldia. Esta é a fase mais difícil, por isso é importante a pessoa em luto saber que há outras pessoas ao seu redor que ela pode contar quando precisar.
Negociação: Neste período, a pessoa começa a elaborar o luto e assim entender que é fato, não há mais volta, passando então a criar estratégias para seguir a vida sem o ente querido.
Depressão: A melancolia e a fragilidade tomam conta. Nesta fase, a pessoa entende que não tem volta. As emoções passam a ser apatia, desânimo, isolamento e passa aos poucos para a última fase.
Aceitação: Nesta última fase, a serenidade se faz presente. Os pensamentos são de que poderia ter feito mais por aquela pessoa querida, ter dado mais carinho, amor, atenção, ter vivido momentos mais alegres ao lado dela e muitos outros pensamentos. E aos poucos as pessoas seguem em frente, entendendo que nenhuma relação é perfeita, que não foi por falta de amor e que as lembranças de um laço significativo vão permanecer.
Quando nos deparamos com alguém em sofrimento a tendência é de ajudar, dar apoio, essa é uma linda função e que nos deixa de bem conosco. É importante lembrar que não existem pessoas iguais e que cada um vivencia estas fases do luto de modo único, mas o mais importante é estar ao lado delas dando apoio.
A ajuda pode se dar de forma a mostrar às pessoas em luto a encontrar emoções positivas, estimulando sempre a felicidade e assim a sequência de uma vida saudável emocionalmente.
Basicamente, o luto termina quando a pessoa que perdeu um ente querido consegue seguir com sua vida e é reinvestida de suas próprias emoções. É importante lembrar que pessoas que não conseguem superar a dor da perda devem procurar ajuda psicológica, para assim dar uma nova ressignificação a sua vida.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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