O mês de julho chegou e trazendo muito frio aos gaúchos e ainda trará mudanças significativas nos termômetros nos próximos dias. Segundo o MetSul, além do frio que fez no sábado, 29, no domingo, 30, e neste início de semana, com os termômetros registrando 0ºC, as temperaturas ficarão um pouco mais agradáveis entre a quarta-feira, 3, e sexta-feira, 5, quando as baixas temperaturas retomam e podem, inclusive, trazer chuva.
Essa precipitação viria após a formação de um ciclone extratropical próximo à Santa Catarina e Paraná, na quinta-feira, 4, mas que se afastará rapidamente para o oceano. Na retaguarda deste ciclone, uma nova frente fria avançará sobre o Rio Grande do Sul, podendo haver registros de temporais, com risco de tempo severo entre a sexta-feira, 5, e o sábado, 6.
O que esperar
De acordo com a Metsul, este mês é o segundo do denominado inverno climático, que é compreendido pelo trimestre dos meses de junho, julho e agosto. Por isso, é o mês central da estação inverno e, como efeito, historicamente costuma registrar ondas de frio. O mês tem em sua história grandes e intensas ondas de frio, como se viu, por exemplo, no ano 2000, quando quase todo o Sul do Brasil ficou abaixo de zero. Ou na grande nevada de 2013, em Santa Catarina e no Paraná. Ou ainda na nevada na Serra Gaúcha nos últimos dias do mês em 2021. No Rio Grande do Sul, pelos padrões históricos, julho costuma ser um mês chuvoso enquanto no Centro do Brasil se instala a estação seca com precipitações escassas no Centro-Oeste, no Sudeste e mesmo em parte do Paraná, o que favorece o aporte de umidade em direção às latitudes médias como do Centro da Argentina, Uruguai e o Estado gaúcho.
Sem La Niña
De acordo com a última atualização da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, e divulgado pela Metsul, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central neste final de junho era de +0,3ºC, logo na faixa de neutralidade (sem El Niño ou La Niña). A tendência é que ao longo de julho as anomalias de temperatura da superfície do mar na faixa equatorial do Pacífico declinem com resfriamento, entretanto, considerando os valores observados neste fim de junho, a perspectiva é que o mês transcorra sob um quadro de neutralidade e sem uma declaração por enquanto de um evento de La Niña no Pacífico.
