Indígenas da Aldeia Pinhalzinho, em Planalto, protestaram nesta quinta-feira, 27, contra a falta de água. Cerca de 1.300 pessoas vivem na reserva e dependem de um caminhão-pipa abastecido pela prefeitura e pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). O problema afeta escola e posto de saúde.
O representante da Aldeia, Setembrino Jacinto, afirmou que o compromisso firmado em 2019 não foi cumprido. O acordo previa o envio de 100 mil litros diários de água para a comunidade. Um projeto de R$ 3 milhões para resolver a situação está parado no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI). Segundo Jacinto, a verba está disponível, mas falta encaminhamento para liberação do Ministério da Saúde. A falta de água prejudica cinco escolas e o posto de saúde da aldeia, que só atende emergências. O consumo de água imprópria representa risco para crianças e idosos.
O vice-prefeito de Planalto, Dirceu Fontana disse que a prefeitura tenta solucionar o problema, mas depende de autorização federal para perfurar poços. Segundo ele, o município transporta água por dois dias consecutivos, gerando alta demanda. Os manifestantes aguardam resposta das autoridades e indicam que o protesto pode continuar. O caso está sob atenção do Ministério Público Federal, que já emitiu determinação sobre o tema.
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