A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e representantes dos clubes da Série A2 voltarão a se reunir na próxima sexta-feira, 12, para discutir ajustes no calendário da competição. O encontro foi definido, após avaliação dos prejuízos e dificuldades registradas no campeonato de 2026, encerrado em agosto.
O acesso deste ano foi disputado em turno único, no primeiro semestre, com os oito melhores avançando às quartas de final e os dois últimos sendo rebaixados. Nesta temporada, apenas um clube caiu: o Real SC, de Tramandaí, devido à desistência do Futebol Com Vida. Apesar do equilíbrio proporcionado pelo formato, dirigentes apontaram queda na qualidade técnica, baixa presença de público e perdas financeiras. As condições climáticas do inverno e a concorrência com jogos das Séries C e D do Campeonato Brasileiro foram citadas como agravantes.
Argumentos dos clubes
Os clubes defendem a transferência da Série A2 para o segundo semestre. O modelo já havia sido testado em 2021, durante a pandemia, quando o público nos estádios superou as expectativas mesmo com restrições sanitárias. Segundo dirigentes, a mudança ajudaria a reduzir custos e a melhorar o rendimento esportivo. “O prazo é até sexta-feira (dia 12 de setembro) para apresentarmos à FGF uma sugestão de calendário geral de todas as competições e adequações necessárias”, afirmou Vinícius Girardi, presidente do União Frederiquense.
Posição da FGF
O presidente da FGF, Luciano Hocsman, durante entrevista à Rádio Universidade, de Pelotas, disse considera que o turno único garante equilíbrio técnico, mas admite avaliar alterações no calendário. Hocsman destacou que o modelo de disputa foi aprovado em congresso técnico realizado antes do campeonato, mas a federação está aberta a revisar a fórmula a partir das propostas dos clubes. Além do debate sobre a Série A2, a reunião de sexta-feira também deve tratar de questões relacionadas à Copa FGF e à participação dos clubes no calendário nacional.
