Na segunda reportagem da Série Especial “Rainha das Quadras”, contaremos a história de Sabrina Lopes, uma mulher de 29 anos que carrega uma paixão de família para dentro das quadras da região.
Incentivo da família
A história de Sabrina começa aos 12 anos, quando ainda jovem, conheceu o futsal por meio da mãe, que a levava para acompanhar os horários e dava a oportunidade de a filha jogar os minutos finais. “Jogava um minuto, cinco minutos, quinze minutos e isso me deixava feliz da vida”, relata a atleta amadora.
Pegando gosto pela modalidade, a ainda criança Sabrina Lopes começou a participar dos jogos estudantis pelo Colégio Edegar Marques de Mattos. “A gente jogava Jergs, ia pra fora jogar o Menina Boa de Bola, na época. Era futsal e campo, mas eu sempre gostei mais do futsal mesmo.”
Em meio a todas estas participações em jogos escolares, juntamente com o incentivo da família, Sabrina ingressou na escolinha de futsal do Serrano, onde ficou por muito tempo e desenvolveu-se melhor no esporte.
“Copando” a região
Com o passar do tempo, a jovem que antes destacava-se no colégio, começou a evoluir e foi parar no Cometa Futsal, de Rodeio Bonito, onde com uma base de time formada vencia e se destacava nos campeonatos realizados dentro e fora da região.
Após o destaque em Rodeio, Sabrina e suas companheiras de Cometa foram chamadas para representar o município de Frederico Westphalen com a camiseta do Guarani, onde a equipe terminou a Série Ouro feminina na quarta colocação.
Responsabilidades são responsabilidades
Sabrina Lopes atuou por mais um ano com a camisa do Verdão, até engravidar de Thomas, o seu filho de dois anos de idade. Junto com a gravidez, a atleta amadora também teve de enfrentar uma lesão na patela do joelho, que também afetou no seu retorno às quadras e é considerada um dos maiores desafios a serem enfrentados enquanto atua nos campeonatos municipais.
Quanto à maternidade, a atleta amadora fala sobre ter de conciliar os cuidados com o pequeno Thomas com os seus jogos pela região. “É bem difícil na verdade (de conciliar), porque nós não temos uma rede de apoio, a única que a gente tem é o meu pai.”, fala Sabrina.
“Sentimento único”
Atualmente, a jogadora nas horas vagas trabalha como secretária na empresa de seu pai, mas não descarta no futuro voltar a estudar Educação Física, curso o qual acabou fazendo um semestre e trancando para focar na sua vida dentro das quadras com o Cometa.
Em meio a tantos desafios, tendo de conciliar a vida materna e suportar uma lesão no joelho, Sabrina Lopes segue atuando e se destacando nos campeonatos pelos municípios. “Para mim é um sentimento de muita gratidão a Deus por permitir, e é muito bom, é maravilhoso estar em quadra e dividindo com muitas atletas que estão a um nível bem superior a mim também.”.
Por fim, assim como aconteceu na sua infância, a atleta amadora fala do desejo de poder ver o filho seguir os seus passos e acompanha-la nos seus campeonatos. “Cada jogo que estou ali eu faço por mim, pela minha família e pelas minhas colegas”, enfatiza Sabrina Lopes.