Na Escola Estadual de Ensino Médio Mathias Balduino Huppes, em Cristal do Sul, o aprendizado se aproxima das histórias, muitas vezes esquecidas, que formam o Brasil. Alunos do Ensino Fundamental e Médio participam do projeto “Resgatando Saberes e Identidades: Culturas Afro, Indígenas e Quilombolas”, que propõe o conhecimento de tradições, modos de vida e memórias que ajudam a ampliar a compreensão sobre a formação do Brasil.
A ação é conduzida pela direção, coordenação pedagógica, supervisão escolar e professores da instituição e busca a valorização das contribuições desses povos para a identidade nacional, além e contempla uma exigência curricular prevista pelas Leis Federais nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, que determinam o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas.
Entre as atividades, os alunos realizam pesquisas, produções artísticas, exposições e rodas de conversa, explorando temas como ancestralidade, religiosidade, costumes e culinária. Cada ação permite que os estudantes reflitam sobre a diversidade cultural e percebam o papel de diferentes histórias na formação do país.
O ponto alto da proposta acontece no dia 18 deste mês, quando a escola abrirá suas portas para uma mostra dos trabalhos realizados. A data faz referência ao Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, que convida à reflexão sobre as desigualdades ainda presentes e à valorização da trajetória e das resistências do povo negro no Brasil. O encontro reunirá estudantes, famílias e comunidade em um momento de aprendizado e celebração das culturas estudadas.
Segundo a equipe diretiva, a iniciativa reafirma o compromisso da escola com uma educação que valoriza as diferenças e reconhece a pluralidade de experiências que formam o Brasil. O projeto surge como uma ferramenta de superação das desigualdades históricas e de fortalecimento do respeito à diversidade, promovendo uma educação que conecta memória, experiência e cidadania. “Conhecer nossas origens é o primeiro passo para respeitar nossa história e construir um futuro mais justo e empático”, afirmou a direção.