O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou, na segunda-feira, 10, em Seberi, os dados do bloco temático sobre tempestades no Rio Grande do Sul da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2024. O levantamento identificou que 459 dos 497 municípios do estado registraram impactos relacionados às enchentes ocorridas entre abril e maio de 2024.
A atividade ocorreu no auditório do Instituto Estadual de Educação Madre Tereza, organizada pela Associação dos Municípios da Zona de Produção (Amzop). A programação incluiu apresentação dos dados gerais da pesquisa e informações sobre ações municipais de prevenção e resposta, como sistemas de alerta, planos de contingência e atendimento à população.
Informações coletadas na maior tragédia do RS
Os dados foram apresentados pela gerente de Estudos e Pesquisas Sociais do IBGE, Vânia Pacheco. Ela destacou que o levantamento integra a Pesquisa Especial sobre as Enchentes de 2024 (PEERS). “O objetivo foi subsidiar políticas públicas de reconstrução e prevenção. A pesquisa registrou como os municípios estruturaram o atendimento e como a população foi afetada”, afirmou.
O diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Vladimir Miranda, ressaltou que a apresentação buscou devolver aos municípios as informações coletadas. “A pesquisa mostrou como os municípios foram afetados e quais estruturas estavam disponíveis para responder. Levantamos se houve vítimas, se havia sistemas de alerta e como ocorreu o atendimento”, disse.
Também participaram o superintendente em exercício do IBGE no Estado, Luís Eduardo Puchalski, e o prefeito de Seberi e presidente da Amzop, Adilson Adam Balestrin.
Área de atuação
A pesquisa apontou que 289 municípios emitiram alertas durante o evento climático, enquanto 55 não realizaram avisos. Outras 115 prefeituras informaram não possuir sistema de alerta. Entre os atingidos, 388 municípios declararam ter plano de contingência, e 323 colocaram o planejamento em prática.
Quanto aos efeitos sobre a população, 338 municípios registraram ocorrências como desabrigamentos, desalojamentos, desaparecimentos, ferimentos ou doenças relacionadas às enchentes. No campo estrutural, 412 cidades relataram danos em estradas, pontes, prédios públicos e áreas isoladas. Segundo o IBGE, os dados servirão de base para ações de reconstrução e planejamento de prevenção a novos eventos climáticos extremos.
