A grave situação financeira enfrentada pelo Hospital Divina Providência (HDP) para a manutenção dos serviços da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltou a ser assunto, na tarde desta quarta-feira, 5. Em coletiva de imprensa realizada na sede do HDP, os diretores da casa de saúde reforçaram a possibilidade de fechamento da UTI nas próximas semanas e direcionaram a solicitação de apoio financeiro para as prefeituras da região.
O apelo foi feito pelo presidente do HDP, Jaime Vitalli, que leu um comunicado no início da coletiva. Em seu pronunciamento, ele afirmou que a instalação da UTI em Frederico Westphalen, em janeiro do ano passado, permitiu às prefeituras da região uma redução de gastos com deslocamento para cidades maiores onde, até então, os pacientes eram levados para atendimento de alta complexidade. A proximidade para o atendimento e a taxa de recuperação de mais de 60% foram apontados como outros benefícios que geram economia e benefícios para as prefeituras.
A raiz do pedido feito por Vitalli é a necessidade, segundo o HDP, de repasses mensais para a manutenção da UTI. Atualmente, segundo dados fornecidos pela administração da casa de saúde, a unidade recebe, mensalmente, cerca de R$ 93 mil do Sistema Único de Saúde (SUS). Os gastos da UTI – elevados em razão do atendimento a pacientes de Covid-19 – superam o valor em 550%, conforme aponta reportagem publicada pelo AU.
“Precisamos da certeza de um repasse mensal e conclamamos ao poder público para isso. Não queremos comprometer o HDP como um todo em função da UTI”, afirmou o Vitalli.
Também esteve na coletiva a diretora-geral do HDP, Roselei Enderle, que demonstrou preocupação com a manutenção da UTI em razão da possibilidade de um novo aumento de casos de Covid-19. A diretora argumentou que há a tendência de aumento nas próximas semanas, o que já está se refletindo no crescimento da demanda por leitos de alta complexidade. Os gestores foram acompanhados do tesoureiro do hospital, Rubens Haubert.
Mais informações sobre o HDP na edição de sábado, 8
