A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) anunciou nesta semana uma proposta de retorno do Processo Seletivo Seriado (PSS) como uma das formas de ingresso a instituição de ensino superior. Hoje, o processo de seleção da universidade é quase 100% pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do governo federal, exceto os editais de ingresso para refugiados e indígenas. Na proposta apresentada a comunidade acadêmica, o ingresso a instituição será 30% pelo Sisu, 30% por vestibular feito pela universidade e 40% pelo PSS.
De acordo com o reitor da UFSM, Luciano Schuch, embora o Sisu ofereça um ingresso democrático, ele acaba gerando uma falta de identidade com a instituição. Nas unidades no interior do Estado como em Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Cachoeira do Sul, se nota uma dificuldade dos alunos advindos do Sisu se identificaram com a cidade e permanecer na instituição. E, hoje, com a implantação de universidades e instituições federais no interior dos Estados, um aluno não precisa viajar mais de 200km para estudar e, aqueles que o fazem, é por opção própria.
Adaptação ao processo
As datas previstas para a adaptação dos novos processos, caso seja aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) deve iniciar apenas no segundo semestre de 2023 com a realização do vestibular, intercalando entre 70% do ingresso pelo Sisu e 30% pelo vestibular. Já em 2024, deve ser realizado o PSS1 e vestibular, mantendo a mesma porcentagem de ingresso do ano anterior. Em 2025, deve ocorrer a realização do PSS1 e 2 e o vestibular único, mantendo a mesma forma de ingresso do ano anterior e, em 2026, são realizados os três processos seriados (PSS 1, PSS 2 e PSS 3), vestibular único e o ingresso seria de 40% por PPS, 30% por Sisu e 30% por vestibular.
