Publicidade
Diversificação
Cultivo da pitaia conquista produtores do Médio Alto Uruguai
Condição favorável do solo e valor agregado são atrativos para o plantio da fruta
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: sexta, 17 de fevereiro de 2023 às 13:51h
Atualizado em: sexta, 17 de fevereiro de 2023 às 13:54h

Considerada uma fruta exótica por sua aparência e tamanho, a pitaia conquistou o gosto do brasileiro. De origem mexicana, o cultivo no Brasil é recente, começou na década de 1990 e o Estado de São Paulo é o maior produtor, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pertence à família cactaceae e seu nome, pitaia, significa planta escamosa. São três espécies da fruta, a branca (rosa por fora e branca por dentro), a amarela (amarela por fora e branca por dentro) e a vermelha (avermelhada por dentro e por fora).

Publicidade

Por ter escamas bem salientes, em alguns países, a pitaia também é conhecida como fruta do dragão, e chama a atenção pelo formato de flor, que se abre no período da noite. Com boa adaptação na maioria das regiões do Brasil, o plantio também conquistou os produtores gaúchos. O cultivo comercial tem mais força no litoral norte, com maior concentração de agricultores no município de Mampituba. O valor de mercado é um dos atrativos para quem resolve se dedicar à produção, já que, atualmente, o quilo está sendo comercializado, em média, a R$ 19,90 para o consumidor final. 

Apesar de a Emater/RS-Ascar ainda não ter registros oficiais de áreas cultivadas em caráter comercial, na região do Médio Alto Uruguai, a atividade também chamou a atenção e tem atraído agricultores. É o caso de Eduardo Henrique Potulski e Joceani Dal Cero, que têm propriedade rural na Linha Santa Cruz, em Planalto. O casal decidiu se dedicar à produção de pitaias em 2020, por gostar de trabalhar com frutas, pelo valor agregado e diversificação de culturas. “Além disso, o cultivo é orgânico”, acrescenta Joceani.

O total de área destinado ao plantio da fruta é de um hectare, sendo 0,5 ha. para plantas em produção e 0,5 ha. para pés em formação. “O solo da região é favorável, mas a cultura não suporta a geada ou encharcamento, por isso, são necessários cuidados”, explica a produtora. Apesar de ser pouco exigente em relação à água, a pitaia pode apresentar abortamento de botões florais quando exposta a altas temperaturas.

Na propriedade, a colheita ocorre de dezembro a maio e, para esta safra, a expectativa é de que sejam colhidas cerca de 20 toneladas por hectare. A produção é vendida no mercado regional, sendo que o valor médio do quilo é R$ 10. “É uma cultura que precisa cuidados como qualquer outra frutífera, como adubação, conforme análise do solo e de acordo com o estágio; uso de plantas de cobertura para manter o conforto térmico e equilíbrio biológico; poda de condução e produção e controle de pragas e doenças. Apesar do alto custo de implantação do pomar, vale a pena comercialmente”, detalha.

Confira os benefícios da pitaia para a saúde

- Favorece a perda de peso. 
- Protege as células do corpo. 
- Fortalece os ossos. 
- Melhora a digestão. 
- Regula os níveis de açúcar no sangue. 
- Ajuda a diminuir o colesterol. 
- Previne anemia. 
- Fortalece o sistema imune.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
Vitrine do AU