Abrir o olho é sinal de sabedoria. Abrir a boca é sinal de coragem. Quando a sabedoria e a coragem se unem, nascem atitudes que podem transformar não só a nossa vida, mas também a vida daqueles que convivem conosco. Todos os dias somos colocados diante de situações em que precisamos tomar uma decisão: abrir o olho ou abrir a boca. À primeira vista, parece simples, mas na prática envolve sabedoria, coragem e equilíbrio.
Abrir o olho significa estar atento, despertar para a realidade que nos cerca. É mais do que enxergar com a visão física: é perceber detalhes, compreender contextos, ler nas entrelinhas e aprender a discernir. Quem vive de olhos fechados, deixa-se levar pelo que os outros dizem, cai em armadilhas e perde oportunidades. Abrir o olho é uma forma de proteger-se e, ao mesmo tempo, de aprender com a vida. É um convite à vigilância e à consciência.
No entanto, apenas observar não é suficiente. Também é preciso abrir a boca. E aqui entra o desafio: falar exige coragem. Nem sempre é fácil expressar o que pensamos ou defender o que acreditamos, especialmente quando sabemos que podemos desagradar ou enfrentar resistência. Abrir a boca é assumir posição, é dar voz ao que o coração já entendeu. Mas isso pede responsabilidade: não se trata de falar por impulso, mas de escolher palavras que iluminem, que inspirem, que construam.
A vida pede de nós esse duplo movimento: olhos bem abertos e boca bem usada. Os olhos para compreender, a boca para transformar. A prudência do olhar deve vir antes da coragem da fala, mas ambas precisam caminhar juntas. Assim, não seremos apenas espectadores da realidade, mas participantes ativos da mudança que desejamos.
Por isso, neste tempo em que tantas vozes gritam e tantos olhares se distraem, fica o convite: abra o olho para enxergar com clareza e abra a boca para falar com verdade. O equilíbrio entre esses dois gestos simples pode ser a chave para vivermos com mais consciência, justiça e esperança.
Até a próxima
