Neste 7 de Setembro comemoramos a data histórica da Independência do Brasil. Às margens do Ipiranga, Dom Pedro I desembainhou a espada, com o grito “Independência ou Morte”. As cortes portuguesas queriam manter o Brasil de joelhos, a elas subordinado. Mas nosso governante aceitou o desafio, com aquele brado e com aquele gesto de arrancar a espada da bainha. Sim, porque a libertação ao jogo português não seria apenas com palavras e sim com inúmeras outras batalhas, em que muitos brasileiros perderam a vida, para nos garantir uma pátria livre e soberana.
Também nesta data comemoramos a chegada dos primeiros imigrantes poloneses. Há 150 anos, milhares de heróis deixaram seu local de nascimento para buscar uma nova pátria, que traria segurança e futuro. Estes anônimos aventureiros juntavam-se a outros povos que desembarcaram ou viriam a desembarcar no novo continente descoberto por Pedro Álvares Cabral. São portugueses, espanhóis, franceses, afros, alemães, italianos, libaneses, russos, americanos – enfim, incontável contingente de pessoas que formam hoje o diversificado povo do Brasil. Os próprios indígenas que, por primeiro puseram pé nesta terra, vieram de outras terras, pois não foi aqui que Deus colocou a primeira família humana. Trouxeram eles, junto com suas famílias, a sua cultura, sua língua, seus costumes, suas riquezas (ou quiçá suas pobrezas) pois vários vieram fugidos de sua pátria, trazendo apenas os filhos a tiracolo. Hoje celebramos um Brasil rico de diversidade, uma pátria universal.
No Alto Uruguai, comemora-se a vinda da Família Polonesa, aqui adjetivada de Etnia Karol Wojtyla. O nome traduz tudo. Foi ele o nosso Papa João Paulo II, que visitou o mundo, encantando a todos com aquele sorriso característico. Por nada, no dia de sua morte, enquanto carregavam o esquife, os italianos bradaram “Santo súbito”, isto é, que seja imediatamente declarado santo, pois assim foi o seu mandato à frente da Igreja Católica. Não sem razão, os imigrantes poloneses ao plantarem raízes em solo brasileiro, as primeiras construções foram uma igreja e uma escola.
A Polônia enriqueceu o mundo com gente famosa: O astrônomo Copérnico, o músico Chopin, o líder do Sindicato Solidariedade Lech Walesa, a física Maria Curie, o escritor de Quo Vadis, Henryk Sienkiewicz, o cinematógrafo Roman Polanski diretor de O Pianista, O Bebê de Rosemary, Chinatown, e os Santos Estanislau, Santa Faustina e 108 Mártires da Segunda Guerra, destacando-se Maximiliano Kolbe. Quando Hitler invadiu a Polônia, a primeira classe que exterminou foi o Clero. Entre eles, estava o Pe. Kolbe que foi feito prisioneiro no campo de concentração Auschwitz. Lá imperava a lei nazista, se um prisioneiro fugisse, dez seriam mortos como castigo. Numa feita, um prisioneiro fugiu e o Chefe do Campo, selecionou dez para o castigo. Um deles começou a chorar, dizendo que tinha esposa e filhos. Então Maximiliano Kolbe, identificado pelo número 16670, ofereceu-se para substituir o colega. E assim se fez.
Nossa Pátria é constituída de muitas raças, frisando os populares polacos. A Etnia Polonesa Karol Wojtyla de Frederico Westphalen celebra também neste dia suas origens, porque se alguém não honra seu sangue não merece ter uma pátria.
