No dia 6 de maio de 1964 foi instalada a Escola de 2º Grau em Frederico Westphalen, tendo como protagonista o cidadão Vitalino Cerutti. O educandário funcionava no prédio do Sepé Tiaraju e era particular. Em 28 de março de 1965, no Clube Harmonia, o governador Ildo Meneghetti entregava ao diretor Érico Simoni portaria estadual de funcionamento da escola. Proferiu a aula inaugural o deputado federal Tarso Dutra. Em 2026, a escola comemorará aniversário de 62 anos, tendo abrigado mais de 25.000 alunos e formado mais de 15.000. Na comemoração será publicado um livro histórico.
Os alunos que hoje sentam nos bancos escolares do educandário não imaginam que no passado as aulas eram ministradas no Sepé Tiaraju, Afonso Pena, Cardeal Roncalli e FESAU (hoje URI). A casa própria foi conseguida, após muito choro, junto ao governador Amaral de Souza. Pessoas ilustres cursaram o 2º grau no Cañellas, - deputados, prefeitos, vereadores, sacerdotes, professores, médicos, engenheiros, dentistas, advogados, empresários - enfim, uma gama diversificada de cidadãos renomados. Incontáveis ex-alunos aportaram, não só em outros Estados do Brasil mas em outras Terras como América do Sul, do Norte, Inglaterra, França, Itália, Portugal e até na Ásia e África. O Irmão do ex-prefeito José Panosso desembarcou na Alemanha. Os alunos selecionavam destacadas personalidades para paraninfos, tais como Vitalino Cerutti, ministro da Educação Tarso Dutra e reitor da UFSM José Mariano da Rocha Filho.
A escola sempre contou com diretores de primeira linha, que deram o máximo de suas energias e gastaram seus neurônios em prol do colégio. Cometeria injustiça se particularizasse algum. Assim, arrolo o nome de todos eles, em ordem cronológica: 1º diretor Querino Candatem, 2º diretor Érico Domingos Simoni, 3º diretor Elemar Augusto Steffen, 4º diretor Wilson Cadoná, 5º diretor Élio Zanchet, 6ª diretora Ivone José Scapin, 7º diretor Edino Dalmolin, 8º diretor José Luís Cazarolli, 9ª diretora Neila Giovenardi, 10º diretor Edilamar Succolotti, 11º diretor Paulo Tosetto, 12º diretor Pacoal Sebastião Minetto, 13ª diretora Clarice Ceolin Algeri e 14º diretor Paulo Brandt.
A comunidade esteve presente através do Círculo de Pais e Mestres. Esta é uma tradição cuja raiz remonta aos tempos do inesquecível Batistella. Ele foi respaldado por um povo generoso. Com uma população de 6.000 paroquianos conseguiu erguer o Colégio Auxiliadora, o Hospital Divina Providência, o Pré-Seminário, a UNAC, a Rádio Luz e Alegria e a portentosa Catedral. O Cañellas também se serviu deste viés voluntarioso graças a incansáveis diretorias do CPM. Destacamos o presidente Normando Bambini, assessorado por Pompílio Girardello e Ahmad Younes que fizeram brotar o majestoso Ginasião de Esportes – única obra no Estado, feita para o Estado, SEM a ajuda do Estado. A construção do Ginasião foi conduzida pela mão forte do engenheiro Julmir Alessi e o auxílio decisivo do prefeito Deoclides Vendrúscolo. O atual diretor convida a todos os ex-alunos para uma foto memorável na Praça da Matriz, no dia 18 de outubro às 16 horas, através da competente Foto Chapa, que abrilhantará o Livro do Cañellas. Penso que poderia ser entregue ao professor Adjalmo Cerutti, pelo pioneirismo educacional de seu pai Vitalino e a Pedro Cañellas, neto do Patrono José, uma placa comemorativa alusiva à efeméride.