O que o eleitor espera das eleições de 2026
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terça, 09 de dezembro de 2025


Os eleitores gaúchos pesquisados pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião são claros: se o governo entrega resultados percebidos, permanece, se não entrega, abre-se espaço para a mudança. A escolha para governador em 2026 será guiada por uma expectativa renovada de eficiência e seriedade. Eficiência significa fazer o que precisa ser feito com agilidade, no tempo em que as pessoas precisam. Seriedade, na cabeça do eleitor, vai além da honestidade. É a postura responsável que garante a eficiência. O eleitor não acredita que os políticos sejam plenamente honestos, mas considera que alguns podem agir com seriedade suficiente para fazer o Estado funcionar. Seriedade, para o eleitor, significa compromisso com continuidade, metas e monitoramento.
Os problemas que afligem o Rio Grande do Sul permanecem e são conhecidos, saúde, segurança, educação, infraestrutura e desenvolvimento regional. A diferença para 2026 é que o eleitor está mais intolerante com a lentidão e o improviso. Ele deseja um governador capaz de fazer o Estado ser mais rápido, menos burocrático e mais resolutivo.
Na saúde, o principal incômodo é o acesso, demora para consultas, exames e cirurgias, além da fragilidade da rede especializada. O cidadão sabe que grande parte da responsabilidade é estadual e cobrará do próximo governador a capacidade de organizar fluxos e reduzir filas. O eleitor quer eficiência do sistema, não quer explicações. A campanha que demonstrar seriedade no planejamento e clareza na priorização poderá quebrar a bolha da polarização.
Na segurança, o eleitor espera inteligência, prevenção e resposta rápida. O tema se ampliou, envolve desde o combate ao crime até a capacidade de resposta a eventos climáticos extremos, que se tornaram uma preocupação real no Estado. O candidato a governador que apresentar visão integrada entre forças de segurança, defesa civil e tecnologia tende a dialogar com essa nova sensibilidade social.
A educação continua central. As famílias percebem as lacunas deixadas pela pandemia e desejam políticas sólidas para recompor aprendizagem, qualificar professores e investir em tecnologia. 
A infraestrutura ganha força na lógica de desenvolvimento. O RS quer escolas reformadas, estradas em boas condições, mobilidade eficiente, energia estável e apoio consistente às cadeias produtivas. O eleitor entende que sem infraestrutura não há desenvolvimento regional. Aqui, eficiência se traduz em obras entregues, manutenção constante e previsibilidade nas entregas relativas à reconstrução do RS.
Em 2026, a eleição para governador será mais propositiva do que ideológica. O eleitor avaliará quem tem capacidade real de gestão, quem mostra equipe e métodos, quem comunica um plano factível. A disputa estará menos na retórica e mais na credibilidade da execução. A combinação entre eficiência e seriedade se tornará o principal critério para decidir quem deve conduzir o Rio Grande do Sul pelos próximos quatro anos.

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