Na noite de 30 de outubro de 2024, Kauan Tressi Ramos, de 19 anos, foi morto a facadas após um desentendimento com um colega de trabalho em Frederico Westphalen. O crime ocorreu na Rua Duque de Caxias, no bairro Santo Inácio. O suspeito, de 34 anos, foi preso em flagrante, mas responde ao processo em liberdade. Quase quatro meses após o crime, a família de Ramos ainda busca respostas. Soeli Tressi, mãe de Kauan Tressi Ramos, reclama da falta de avanço na investigação e da versão dos fatos apresentada à Justiça. "Meu filho foi assassinado e nada está sendo feito. Soeli também questionou a atuação do Ministério Público. "Se a polícia não faz nada, o promotor precisa agir. Meu filho foi morto e o acusado está solto", afirmou.
O laudo médico apontou que Kauan teve hemorragia severa e perfuração de órgãos vitais. "Ele (Kauan) pediu socorro para mim. Cheguei, vi meu filho no chão, ensanguentado e morto logo depois", disse Soleli.
O que diz o atestado de óbito?
Kauan Tressi Ramos, de 19 anos, morreu na noite de 30 de outubro de 2024 após ser vítima de homicídio em via pública, na Rua Duque de Caxias, no Bairro Santo Inácio, em Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, onde foi atingido por ferimentos perfuro-incisos no tórax que causaram hemorragia aguda e perfuração de vasos e vísceras torácicas, conforme laudo médico assinado pela doutora Ângela Rosa dos Santos Silva. Já o óbito foi registrado quase cinco dias depois da morte de Kauan, no dia 4 de novembro. O corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Frederico Westphalen.
Investigação em fase final
O delegado da Polícia Civil, Jacson Oiliam Boni, afirmou que a investigação sobre o caso está concluída, aguardando apenas a finalização do relatório final, que definirá se houve homicídio ou se o autor do crime agiu em legítima defesa, para posterior encaminhamento ao Poder Judiciário.
Segundo Boni, a análise do caso foi iniciada antes da virada do ano, mas não pôde ser concluída no prazo esperado devido à complexidade dos fatos, sendo retomada agora com prioridade para uma decisão fundamentada. O delegado destacou que, na época dos acontecimentos, não foi decretada a prisão do suspeito, pois havia indícios de legítima defesa, e que qualquer pedido de prisão dependerá do entendimento final após a conclusão do relatório.
O delegado ressaltou que a investigação deve ser conduzida com imparcialidade, analisando todos os elementos do caso para aplicação correta da lei, sem precipitação na responsabilização de qualquer envolvido. A previsão é que o relatório seja finalizado nos próximos dias, trazendo uma definição sobre o possível indiciamento ou arquivamento do caso.
Ainda sobre o caso
Segundo a Brigada Militar, a discussão começou logo após o expediente de trabalho e envolveu também o pai do suspeito, um homem de 79 anos. Testemunhas relataram que houve agressões físicas antes do esfaqueamento. O suspeito teria usado uma faca do pai para atacar a vítima e fugiu em seguida. A arma foi encontrada em uma lixeira próxima ao local do crime.