Faltando menos de um mês para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, é bastante comum que a ansiedade apareça entre os estudantes que se preparam para a prova. Marcado para os dias 9 e 16 de novembro, o Enem é a principal porta de entrada para universidades públicas e privadas no Brasil, por meio de programas como Sisu, Prouni e Fies, e também causa expectativa e nervosismo entre os participantes. Entre os desafios, a redação costuma ser o momento que mais preocupa, exigindo domínio da escrita, organização das ideias e argumentação consistente.
Outro fator que aumenta a pressão é o tema da redação. Os participantes só descobrem o assunto quando recebem a prova, o que torna essencial não apenas praticar a escrita, mas também desenvolver repertório sociocultural e habilidades de argumentação para lidar com qualquer tema. Para além da gramática, a redação do Enem é uma oportunidade de mostrar capacidade de reflexão, análise crítica e construção de argumentos sólidos, habilidades importantes para a vida acadêmica e profissional.
Para ajudar os candidatos, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) lançou, no início deste mês, a cartilha “A Redação do Enem 2025 – Cartilha do Participante”, disponível gratuitamente no portal oficial. O material explica como a correção funciona, o que os avaliadores esperam do texto e apresenta análises comentadas de redações da edição anterior.
A redação será aplicada no primeiro dia da prova, 9 de novembro, e a preparação certa pode ajudar a transformar ansiedade em confiança. O Enem exige que o texto siga a estrutura dissertativo-argumentativa, com tese clara, argumentos bem fundamentados e conclusão consistente. Também é preciso apresentar soluções sociais viáveis para o problema abordado, sempre respeitando os direitos humanos. Sobre o repertório sociocultural, a banca alerta que o uso de informações genéricas ou mal contextualizadas, chamado de “repertório de bolso”, não contribui para a nota.
Alguns cuidados simples podem evitar que a redação seja anulada, como fugir do tema, escrever menos de sete linhas, desrespeitar a estrutura dissertativa ou incluir trechos desconectados da proposta.
Cada redação é avaliada por dois corretores, que dão notas de 0 a 200 pontos em cinco competências. A soma total pode chegar a 1.000 pontos, e a nota final é a média entre as avaliações.
A cartilha traz algumas dicas simples que podem fazer toda a diferença na nota:
- Planejamento: reserve alguns minutos para organizar ideias, argumentos e exemplos antes de começar a escrever.
- Clareza e objetividade: cada parágrafo deve apresentar uma ideia principal de forma clara.
- Proposta de intervenção: indique soluções concretas e viáveis.
- Uso consciente do repertório sociocultural: referências bem aplicadas reforçam seus argumentos; evite citações genéricas ou mal contextualizadas.
- Revisão: corrija ortografia, gramática e pontuação e confira a coesão entre os parágrafos.
A cartilha completa está disponível gratuitamente no portal oficial do Inep.