O técnico do Guarani, Juninho Madruga, participou na segunda-feira, 24, do podcast Jogada Ensaiada, do jornal O Alto Uruguai. No programa, ele fez uma avaliação da temporada 2025, marcada pelo vice-campeonato da Copa dos Pampas. O Guarani venceu por 3 a 2 a partida de ida, em Frederico Westphalen, mas perdeu por 4 a 1 no tempo normal e por 1 a 0 na prorrogação para a AEU, em Uruguaiana, no sábado, 22.
Madruga destacou que o ano foi de oscilações e que, quando assumiu o time em junho, não havia expectativa de chegar a uma final devido à necessidade de remontar o elenco. Ele avaliou o vice-campeonato como positivo diante das circunstâncias.
Sobre a final, afirmou que o título escapou por um detalhe. Segundo o treinador, enfrentar uma equipe qualificada, com bom investimento e forte apoio da torcida local, aumentou o nível de dificuldade. O gol decisivo foi sofrido a dois minutos do fim da prorrogação. Ele ressaltou ainda que a AEU é acostumada a decisões, enquanto o Guarani disputava sua primeira final da Copa dos Pampas.
Instabilidade em 2025
A principal dificuldade na temporada, segundo Madruga, foi a constante entrada e saída de jogadores, o que dificultou a continuidade do trabalho. Ele citou que o time passou por 10 a 11 rodadas de mudanças e remontagens. Para a contratação de atletas, o critério principal foi o comprometimento e a compreensão da realidade financeira do clube. Muitas contratações foram feitas por indicação de jogadores já presentes no elenco.
A “virada de chave”
O treinador apontou a vitória fora de casa sobre o AMF, pela Copa dos Pampas, como um ponto de virada. Também destacou o triunfo fora de casa contra o AFUCS, pelo Gauchão, como importante para dar sequência ao trabalho, já que a equipe vinha atuando bem, mas ainda não havia vencido na competição.
Ao comparar o futsal gaúcho com o catarinense, Madruga afirmou que o Rio Grande do Sul apresenta maior imposição física e forte investimento no interior, além de alto nível tático. Ele também comentou a divisão da Liga Nacional em Gold e Silver, avaliando-a como positiva por equilibrar o nível técnico e ampliar oportunidades para profissionais, embora exija boa organização devido às longas distâncias e aos custos de viagem.
Madruga concordou com a análise de Falcão sobre a queda de visibilidade do futsal após a aposentadoria de grandes ídolos, citando a redução do espaço da modalidade na TV aberta como um fator que afeta o retorno financeiro e a exposição do esporte.
Futuro indefinido para 2026
Questionado sobre a permanência no Guarani em 2026, Madruga afirmou que o futuro ainda está em aberto. Ele revelou ter recebido sondagens e confirmou que o clube demonstrou interesse em sua continuidade, com conversas iniciais já realizadas. O treinador reforçou que seguirá trabalhando no futsal e que sua família continuará ao seu lado, mas disse estar aberto a propostas para a próxima temporada.
Assista o "Jogada Ensaiada" desta segunda-feira, 24