Na noite desta segunda-feira, 6, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que as medidas para o estabelecimento de uma linha de crédito especial, destinada às famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, estão em andamento. O crédito, que se somará ao repasse de verbas ao governo gaúcho e às prefeituras das localidades atingidas, deverá ser designado para a reconstrução de casas, segundo o ministro.
Conforme explicou Haddad, o governo ainda está definindo os detalhes e a possibilidade de os bancos oficiais operarem a linha de crédito. O recurso será um dos temas da reunião que ocorrerá nesta terça-feira, 7, entre o ministro e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
A linha de crédito se somará a outras medidas voltadas às famílias atingidas pela tragédia, como o adiamento, por três meses, do pagamento de tributos federais por pessoas físicas e empresas, inclusive o Imposto de Renda, nos 336 municípios gaúchos em estado de calamidade pública. Para as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais, o pagamento foi adiado em um mês.
Sobre a dívida dos estados com a União, Haddad afirmou que o governo vai destinar um tratamento específico e emergencial ao RS. O governador do Estado, Eduardo Leite, pede a suspensão das parcelas dos débitos com o governo federal para a liberação de cerca de R$ 3,5 bilhões do caixa do estado.