A parvovirose canina, conhecida popularmente como “parvo”, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente cães filhotes e não vacinados. Causada pelo parvovírus canino tipo 2 (CPV-2), a doença compromete o trato gastrointestinal e, em casos mais graves, pode atingir a medula óssea e o coração.
O vírus é transmitido pelo contato direto com fezes ou vômitos de cães infectados e pode sobreviver por meses em ambientes contaminados, como pisos, brinquedos e roupas. Humanos podem transportar o vírus em calçados ou veículos, facilitando sua disseminação.
Os sinais clínicos aparecem geralmente de 3 a 7 dias após a infecção e incluem vômitos persistentes, diarreia intensa com presença de sangue, perda de apetite, febre, letargia e rápida desidratação. Em filhotes muito jovens, a doença pode provocar miocardite, uma inflamação do coração.
Não existe tratamento antiviral específico contra o parvovírus. O manejo da doença é sintomático e envolve hidratação intravenosa, administração de antibióticos para prevenir infecções secundárias e medicamentos para controlar vômitos e diarreia. A internação hospitalar é frequentemente necessária, com duração média de 3 a 7 dias.
A principal forma de prevenção é a vacinação. Filhotes devem receber a vacina polivalente a partir de 6 a 8 semanas de idade, com reforços a cada 3 a 4 semanas até as 16 semanas. Além disso, é recomendado evitar levar filhotes a locais públicos antes da vacinação completa, manter o ambiente do animal limpo e desinfetado e realizar check-ups veterinários regulares. A parvovirose é grave, mas totalmente evitável. Ao suspeitar de infecção, a orientação é procurar atendimento veterinário imediato, garantindo maior chance de recuperação e evitando a propagação da doença.