Marxismo, socialismo e comunismo (1ª parte)
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segunda, 13 de dezembro de 2021

Tudo começou com a Revolução Industrial no começo do século XIX. Os operários eram submetidos a duras condições de trabalho, mulheres e menores eram levados à extração de carvão no fundo das minas, os salários eram baixos, a taxa de mortalidade alta, a moradia miserável. Não havia instituições de defesa dos trabalhadores e nem assistência médica. Para enfrentar esta triste situação surgiram duas propostas: o marxismo de Karl Marx e Engels e a Doutrina Social da Igreja, por meio da Encíclica Rerum Novarum de Leão XIII. A primeira propunha uma solução violenta, radical, baseada na extinção das classes, jogando irmãos contra irmãos. O resultado foi catastrófico. O Papa Bento XVI escreveu: “Todos os que quiseram implantar o paraíso aqui na terra, criaram um inferno”. 
Com o desmoronamento da URSS em 1990, e o fim do comunismo clássico, imposto pelas armas, surgiu um novo tipo “o marxismo cultural”, idealizado pelo italiano Antônio Gramsci, que seria implantado como ideologia política por meio da imprensa, das universidades, dos sindicatos, da mídia, da literatura e até da Igreja Católica por meio da Teologia da Libertação. Contudo, Santo Tomás advertia: “Não é lícito fazer o bem por meios maus”. Na verdade, a utopia socialista nunca se realizou. É ideologia enganosa que conquista muitos, por ser a pretensa libertação dos pobres. 
O sistema marxista-comunista foi gestado desde a Revolução Francesa que trouxe no seu bojo o anticlericalismo e o laicismo radical. Inspirou-se em Nietzsche que criou a famosa expressão “Deus está morto” e em Voltaire que chamava a Igreja de Infame. Karl Marx bebeu nas fontes do ex-seminarista Hegel que lhe transmitiu a dialética da tese, antítese e síntese. Daí se inspirou para formular o método das oposições entre Capitalismo e Proletariado, Opressores e Oprimidos, donde sairia a Sociedade sem classes, o paraíso na terra. Sonhou com um socialismo sem Deus, pois a matéria é eterna, sendo o espírito o seu desabrochar. A fé provinha da incapacidade do homem primitivo explicar os fenômenos naturais. A Religião é a principal causa da alienação do homem, “o ópio do povo”.  Os pilares do Marxismo são combate à Religião, extinção do direito de propriedade, organização da produção sob o comando do Partido único, eliminação de classes e a ditadura do proletariado, controle da imprensa, sem democracia e sem eleições. Stalin dizia: “Pelo bem do povo, sou capaz de tudo”. É necessário destruir a família, pois é um valor burguês, que promove a propriedade privada. Há uma opressão patriarcal do homem sobre a mulher, dos pais sobre os filhos. Para Lenin, o marxismo é inimigo implacável da Religião. Para Trotsky, o Comunismo só se mantém graças ao emprego da violência.
Todavia, a Igreja se angustia quando vê alguns filhos aderirem ao marxismo, levados por motivos nobres, como o amor aos pobres. Pois a primeira preocupação dos socialistas, ao assumir o Poder, é sufocar a Religião. Cristianismo e Marxismo não se misturam, são como água e azeite (Apud “Marxismo” - do Prof. Felipe Aquino).   “Socialismo é a filosofia do fracasso, a crença da ignorância, a pregação da inveja. Seu defeito inerente é a distribuição igualitária da miséria. O comunista é como o crocodilo. Quando abre a boca, não sabes se ele está sorrindo ou se preparando para te engolir” (Churchill). “O comunismo não é a fraternidade, é a invasão do ódio entre as classes, é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho, bane Deus das almas. Extinguiria a Religião e subverteria a obra do Criador” (Rui Barbosa).
 

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