Noivos desconhecidos = Casais separados (2ª parte)
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sexta, 04 de março de 2022

Alguém me falou que quando você casa, não casa apenas com a noiva, mas também com a família dela. E aí entra também a sogra, aquela figura folclórica no Brasil. A gente esquece que a sogra dela é minha mãe! Contam uma piada profana: São Pedro teria negado Jesus, três vezes, porque Ele curou a sua sogra... Resumindo: o namoro e o noivado deveriam ser o período de preparação para o casamento. Assim como o ensino fundamental e o 2º grau são os degraus para a universidade. Quem chega às portas da faculdade, com um 2º grau matado, irá sofrer nos bancos universitários. E hoje temos jovens que se conhecem em um mês, e no outro já estão “ficando” – numa espécie de casamento falsificado. E o mais grave é que, se desta união espúria, começam a aparecer filhos. Dificilmente dará certo. 
Confunde-se hoje em dia amor com atração. “Aos olhos de quem ama, o corvo é branco; aos olhos de quem odeia, a garça é negra” (Pe. Antônio Vieira). Amar não é fácil, pois depois do pecado é crucificar-se pelo outro. Quem não aprendeu a perdoar, a ser paciente com as limitações do outro, não está preparado para a vida a dois. Amar não é gostar, não é usufruir do prazer que o outro me dá. Quem se casa imaturo sofre e faz o outro sofrer. É preciso estar consciente que amar um homem ou uma mulher será sempre amar um ser imperfeito.
Os animais, as plantas e as pedras existem, mas não sabem que existem. Apenas o homem e a mulher sabem que existem. Só eles são capazes de se perguntar: quem sou, de onde vim, para onde vou?! Muitos casais namoraram, mas não se conheceram. Por isso se assustam quando os defeitos começam a aparecer. É fundamental que cada um conheça o passado do outro. Não se pode esquecer que o cônjuge foi criado em uma família diferente da sua. Cada um leva para o casamento o que herdou dos pais e parentes. Pertencemos a uma constelação familiar, como as estrelas nas galáxias. Não podemos ter medo de enfrentar os fantasmas da infância e da adolescência, que se escondem nos labirintos do inconsciente. 
Para o sábio grego, a sabedoria era “conhecer-se a si mesmo”. Entre os casais, sabedoria é conhecer o outro! Deus criou o homem e a mulher diferentes em tudo. Enquanto o homem é fisicamente mais forte, combativo, dinâmico, de raciocínio frio e rigoroso, a mulher é mais graça, encanto físico, intuitiva, cordial, dotada de maior percepção. O homem quer ver, a mulher quer ser vista. Ele quer conquistar. Ela quer ser conquistada. Ele tende a se impor. Ela mais voltada para a compreensão, para o detalhe. Os neurologistas conhecem as diferenças entre o cérebro de um e do outro. Não somos iguais. E aí reside a beleza conjugal. Ele seria a cabeça do casal; ela, o coração. Dizem que o homem fala, em média, por dia, 4.000 palavras; a mulher, 8.000. Isto cria um problema quando ele chega em casa, após o trabalho, e ela quer conversar, mas ele está cansado e fica só dizendo: “sim, não, está bem, depois eu faço...”. Aí a mulher se desespera, se desencanta. 
O marido espera da esposa atração, carinho, zelo doméstico, estímulo pelo seu trabalho. A esposa deseja afeição, compreensão, romance, atenção às suas qualidades pessoais, datas e eventos. Homens há capazes de sacrifícios, mas esquecem as gentilezas. Presenteiam a esposa com um carro e não elogiam o cabelo (Apud Problemas no Casamento, do Profº. Felipe Aquino).
IMPORTANTE – Há um mês, escrevei vários artigos sobre Comunismo. Se alguém tinha dúvidas sobre a veracidade, o Putin está respondendo...

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