Nem só de flores sobre(vive) os sentimentos
Os textos publicados aqui são de total responsabilidade de seus autores, não traduzindo a opinião do jornal O Alto Uruguai!
segunda, 28 de março de 2022

O ato de dar flores remonta o Reinado da Rainha Vitória da Inglaterra – período em que era comum comunicar de forma secreta, desejos e sentimentos dando flores – e, dependendo da cor, havia um significado implícito, de modo que quem recebia já sabia qual era a proposta. Já, em tempos modernos, presentear com flores é algo comum, principalmente por ocasião da comemoração de datas festivas ou acontecimentos que denotam algum significado especial. As flores fazem parte da nossa história de vida, ao passo que recebemos/enviamos flores para demonstrar nosso amor, para mãe que concebeu um bebê, como pedido de desculpas, por ocasiões de luto, em sinal de boas-vindas, entre outros, e, mesmo com tantos outros agrados possíveis de presentear, as flores ainda continuam merecendo destaque devido o fascínio que exercem e a emoção que causam.  
No que tange a sentimentos, normalmente existe um queixume de que os parceiros(as) não enviam mais flores como no início da relação e que quando enviam, muitas vezes é por conveniência de datas. Sabemos que flores já promoveram o início de grandes enlaces, bem como, reconciliações, mas ofertá-las sem um real sentimento é ensejá-las por motivos torpes onde não existe um sincero respaldo emocional. As flores também ocupam um papel social de igualar castas, etnias e credos, sendo esse tema retratado no filme My Fair Lady (1964), na fala da personagem Eliza Doolittle (Audrey Hepburn) quando diz: “A diferença entre uma dama e uma florista não está em como ela se comporta, e sim em como é tratada.”  Votos de que as flores continuem a ser ofertadas, mas que não se deixe de semear afeto, pois sem ele as flores perdem seu significado conforme Gibran: “A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes”. No fundo, o que importa é a forma de tratamento que dedicamos a alguém, sendo as flores, apenas um coadjuvante desse gostar.
Bons Ventos! Namastê.
 

Fonte: