Conto do pescador
**Os artigos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, não traduzindo a opinião do jornal O Alto Uruguai
segunda, 25 de abril de 2022

Encontrei este conto das redes sociais e decidi compartilhar com você. Um homem de negócios americano, no ancoradouro de uma aldeia da costa mexicana, observou um pequeno barco de pesca que atracava naquele momento, com um único pescador. No barco, vários grandes atuns de barbatana amarela. O americano deu parabéns ao pescador pela qualidade dos peixes e perguntou-lhe quanto tempo levara a pescá-los?

– Pouco tempo – respondeu o mexicano.

Em seguida, o americano perguntou por que ele não permanecia no mar mais tempo, o que lhe teria permitido uma pesca mais abundante. O mexicano respondeu que tinha o bastante para atender as necessidades imediatas de sua família.

O americano voltou a perguntar: Mas o que é que você faz com o resto do seu tempo?

O mexicano respondeu: “Durmo até tarde, pesco um pouco, brinco com os meus filhos, tiro a ‘siesta’ com a minha mulher, Maria, vou todas as noites à aldeia, bebo um pouco de vinho e toco violão com meus amigos. Levo uma vida cheia e ocupada, senhor”.

O americano assumiu um ar de pouco caso e disse: Eu sou formado em administração de empresas em Harvard e poderia ajudá-lo. Você deveria passar mais tempo a pescar e, com o lucro, comprar um barco maior. Com a renda produzida pelo novo barco, poderia comprar vários outros. No fim, teria uma frota de barcos pesqueiros. Em vez de vender pescado a um intermediário, venderia diretamente à uma indústria processadora e, no fim, poderia ter sua própria indústria. Poderia controlar o produto, o processamento e a distribuição. Precisaria deixar esta pequena aldeia costeira de pescadores e mudar-se para a Cidade do México, em seguida para Los Angeles e, finalmente, para Nova York, de onde dirigiria sua empresa em expansão.

– Mas senhor, quanto tempo isso levaria? – perguntou o pescador.

– 15 ou 20 anos – respondeu o americano.

– E depois, senhor?

O americano riu, e disse que essa seria a melhor parte:

– Quando chegar a ocasião certa, você poderá abrir o capital de sua empresa ao público e ficar muito rico.  Ganharia milhões.

– Milhões, senhor? E depois?

– Depois – explicou o americano – você iria aposentar-se. Mudaria para uma pequena aldeia costeira, onde dormiria até tarde, pescaria um pouco, brincaria com os seus netos, tiraria a ‘siesta’ com a sua esposa, iria à aldeia todas as noites, onde poderia tomar vinho e tocar violão com os amigos…
Às vezes, deixamos de valorizar o que temos no presente, para apostar em algo incerto, que talvez tenhamos no futuro. Um fraterno abraço e um ótimo fim de semana.


 

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