Quando não estamos dando conta
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sexta, 13 de janeiro de 2023

É generalizada a sensação de que não estamos dando conta de tudo que queremos ou temos para fazer, das tarefas, projetos e dos muito papéis que exercemos na vida. Tarefas em casa, do trabalho, cuidar da saúde, organizar a rotina das crianças, acompanhar as lições, dar atenção ao marido, esposa, arrumar as roupas, lavar a louça, dormir direito, fazer atividade física, voltar a estudar, ligar para a mãe, limpar o cantinho dos pets, ler mais, aprender a meditar. Enfim, a lista é infinita né?
Parece que quanto mais coisas fazemos, mais aparecem outras para fazer. Somos insuficientes para tantas atividades. Vivemos no mundo dos ocupados. Chegamos a nos sentir mal quando ficamos sem fazer nada enquanto tem coisa para fazer. Vivemos exaustos por não nos colocarmos um limite ou priorizar o que é mais importante diante de tudo que temos para fazer. 
Sempre teremos uma avalanche de coisas a cumprir diariamente. É preciso escolher o que é preciso fazer prioritariamente. O problema é que entramos no piloto automático e acabamos dizendo sim para tudo e para todos. Hoje as demandas são muitas, por exemplo, quando entramos num supermercado, para comprar um simples chocolate precisamos avaliar se é chocolate amargo ou ao leite, zero açúcar, zero lactose, branco, etc. Que tipo de celular vou comprar, última geração? Qual calça jeans? Calça Skinny, calça Slim, calça Cenoura ou Carrot, reta, calça Bootcut, flare ou boca de sino?
É uma disputa de coisas triviais com coisas essenciais. Tudo isso atinge nossa saúde mental. E para ter uma boa saúde mental precisamos nos conscientizar que é impossível dar conta de tudo.  Precisamos aprender a dizer não e tentar realizar as tarefas por ordem de prioridade e se concentrar no que consegue fazer com a atenção plena. Não precisa se desdobrar para fazer tudo o tempo todo! O desafio é fazer as coisas com leveza e menos controle. 
Que este fim de ano você tenha conseguido avaliar a sua rotina. O tempo não é elástico e não podemos colocar coisas demais em nosso cotidiano pois acabaremos fazendo coisas sem muita profundidade e significado. Digamos “sim” de forma profunda e consistente para tarefas que vão na direção daquilo que buscamos. 
 

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