Nas fronteiras da dor
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quinta, 21 de setembro de 2023

Por que existe a dor no mundo?
Por que sofremos?
Quem já não fez essas indagações em algum momento da vida? 
Nas religiões, costumamos buscar respostas e refrigério aos males que sofremos, assim como alguma cura nas terapias ou na medicina. 
Muitas vezes, em nosso desespero por alento, saímos batendo de porta em porta, buscando ajuda e consolo. Logo viramos alvo de oportunistas que sem piedade, nos afundam em mais dores. Viramos reféns de nossas angústias e carentes de qualquer coisa que sinalize o fim do sofrimento. Confusos, chegamos a perder a fé e brigamos com o divino, esquecendo do amparo recebido desde que nascemos. Ainda restam os que viram a casaca, e resolvem pactuar com o mal. Nesse turbilhão de emoções, resta refletir se há valia  brigar com tudo que um dia nos foi caro porque estamos sofrendo. 
Será que não estamos somando mais um problema aos já existentes? 
Andar sem acreditar em algo é estar vazio e à guisa do acaso. Sabemos que qualquer conselho nessas horas é tido como descartável e até resmungamos: "Chega dessa fala de autoajuda!" 
Que sejam conselhos clichês. Todavia, palavras de conforto nunca são demais, mesmo vindas de um manual ou de uma colunista de jornal. Isto posto, seguem algumas considerações de como administrar a dor.
-    Não fomos ensinados a mapear nossos sentimentos, logo, acabamos por não desenvolver nossa inteligência emocional. Frente a isso, a primeira coisa a fazer é não fingir que a dor não existe. Assuma - que seja para você - que ela está ali te incomodando. Identifique que mensagem traz e por que te afeta.
-    Tenha consciência que por mais que a dor esteja te consumindo, nada é para sempre e, a maneira mais suave de transitar por momentos difíceis é reconhecer a rota e seguir. Protelar não funciona, já sabemos.
-    Evite se vitimar. A dor não merece ser lançada aos quatro ventos! Já é muito sentí-la. 
-    Inicie ou aprimore o autoconhecimento e seja amigo de você mesmo, coisa que o filósofo Sêneca já refletia séculos atrás. 
-    Entenda que sentir dor não significa uma fraqueza. Ninguém veio ao mundo para ser super-herói (embora muitas vezes a gente procure ser), então se tiver vontade chorar, chore. Peça ajuda. Peça colo. Procure um terapeuta se entender necessário.
Nesse mês de setembro, em que damos uma atenção especial as questões de saúde mental por conta das campanhas referentes ao “Setembro Amarelo”, seja mais amorosos consigo e com os outros para que possamos vibrar luz. O “Setembro Amarelo” é uma campanha nacional de conscientização sobre a prevenção do suicídio que ocorre durante todo o mês e nesse debate, a sociedade civil e governos são chamados a refletir sobre a importância do tema.

Bons Ventos! Namastê.

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