A família que Deus quis.
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terça, 21 de dezembro de 2021

Uma família saudável equilibrada, aquecida pelo amor, é fundamental para o normal desenvolvimento do ser humano. Quando este ambiente de família falta, voluntária ou involuntariamente, os pais são as primeiras vítimas e os filhos que dela nascem apresentam carências dificilmente superáveis.
A vida familiar que Deus estabeleceu beneficia, em primeiro lugar, os dois cônjuges, ajudando-os a crescer humana e sobrenaturalmente. Acontece ao amor humano como ao vinho. Se for de boa qualidade e está devidamente guardado do exterior, à medida que os anos passam, vai ganhando qualidade. Quando, porém, é muito pobre de qualidades e está em contacto com o exterior azeda, tornando-se em breve, intragável.
O amor humano matrimonial exige a exclusividade (um só homem e uma só mulher) e a perenidade para sempre, enquanto viverem os dois. Assim cada dificuldade é superada e o amor vai-se tornando cada vez de melhor qualidade. Que edificante é encontrar um casal já na rampa final da vida e cultivaram o amor. Os sentidos já nada têm a dizer praticamente ali. Mas o amor é mais decantado, mais sublime.
É preciso que, pelo esforço de cada um dos seus membros, sem que ninguém se considere excluído desta missão, a família reúna três qualidades principais, segundo São Josemaría Escrivá:
Devem ser luminosas, quer dizer, iluminadas pela luz da fé. Quando esta não brilha continuamente, guiando os passos dos seus membros, facilmente tornam-se presa do egoísmo e da desorientação. Nas grandes decisões, nas crises e dificuldades, a luz da fé tem de estar presente, para que o sol volte a brilhar. Às vezes, quando o casal não vê claro, no meio da confusão, é prudente recorrer a uma pessoa de confiança, um casal amigo, um sacerdote que a possa ajudar. Nenhuma família deve estar só.
Devem ser alegres. Não existe na terra alegria sem preocupações, com todas as necessidades corporais saciadas. A alegria de cada família alicerça-se na filiação divina. Somos filhos de Deus que vamos a caminho do Céu e a tristeza, o desânimo e o pessimismo não fazem sentido. O mesmo Senhor que permite as contrariedades e problemas, está conosco para nos ajudar. 
Devem ser fecundas. A família que, por egoísmo, se fecha à vida, não corresponde ao desígnio de Deus nem pode ser feliz. Deus quer muitas famílias numerosas, em que os pais, correspondendo à chamada de Deus, aceitam muitos filhos, com sentido de responsabilidade. Se as pessoas se guiarem apenas por cálculos humanos, nunca encontrarão razão para chamar mais um filho à vida, de mãos dadas com o Criador.
Celebrando hoje a Festa da Sagrada Família de Nazaré, rezemos por nossas famílias e por todas as famílias do mundo, para descobrirem sua vocação de amor.
 

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